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domingo, 2 de outubro de 2011

Quem somos nós?

O que somos nesse momento? O que buscamos e esperamos de nós? Como sentimos a vida e o que representamos para aqueles que amamos e que nos amam?
Somos reflexos no espelho do nosso tempo, imagem da história do mundo que transpira em nós.
Sentimos a vida como música que alimenta a alma, faz vibrar o espírito, nos desperta em cada célula o desejo de existir num ritmo próprio, seguindo a cadência dos momentos que nos preenchem e nos inspiram.
Sentimos a vida como o mar, inquieto na superfície, gerando ondas de sentimentos que ora entornam na praia, ora retornam ao mais profundo de nós. Sempre estaremos em busca de um horizonte longínquo, que esperamos seja o nosso porto de paz, ou nossa saída para o desconhecido, o sonhado.
Sentimos a vida como o vento que movimenta nosso corpo, embala nossas esperanças, traz os perfumes de longe e nos desvenda em sussurros, alguns segredos do mundo que ansiosos buscamos conhecer e decifrar.
Sentimos a vida como flores que buscando sempre a luz, encontram o sentido de viver uma existência breve e sentem na experiência de murchar um pouco a cada dia, a possibilidade de frutificar e gerar sementes de futuro.
Somos caminho e conquistas. Soma de todos os medos, de todas as horas, de todas as formas de existir.
Somos sede de respostas e milagres. Fonte de amor que se renova e espera sempre mais.
Somos o agora, lembramos o ontem, esperamos o amanhã.
Mensageiros de nossa própria verdade, buscando sempre em um novo dia, uma nova oportunidade de realizar o sonho e sustentar a vida.
Somos portanto, resultado do instante, do sol, da chuva, do que brota e do que perece, do que passa e do que permanece em nós, para partilharmos no tempo, eternamente.

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