Todo santo dia, ela era esperada!
Mais cedo ou mais tarde, surgiria na curva do caminho.
Vinda de lugar nenhum ao encontro de nenhum lugar,
sua casa era o mundo, sob o céu sua moradia.
Sobre a relva ela dormia,
em verde e macia almofada,
a sonhar com o novo dia,
novo sonho, mesma estrada.
Fome de companhia
que o tempo só agravava,
de noite esperava o dia,
de dia, a fome aumentava.
E assim, falava sozinha,
ria, gesticulava,
gritava quando convinha
e quando feliz, cantava.
Sua mente não mente o que é,
o que sente é o que a vida dá,
seu sonho não se ressente,
pois seu medo é não sonhar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário