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sábado, 15 de outubro de 2011

ALEGRIA

Todo santo dia, ela era esperada!
Mais cedo ou mais tarde, surgiria na curva do caminho.
Vinda de lugar nenhum ao encontro de nenhum lugar,
sua casa era o mundo, sob o céu sua moradia.

Sobre a relva ela dormia,
em verde e macia almofada,
a sonhar com o novo dia,
novo sonho, mesma estrada.

Fome de companhia
que o tempo só agravava,
de noite esperava o dia,
de dia, a fome aumentava.

E assim, falava sozinha,
ria, gesticulava,
gritava quando convinha
e quando feliz, cantava.

Sua mente não mente o que é,
o que sente é o que a vida dá,
seu sonho não se ressente,
pois seu medo é não sonhar.

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