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quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Caminhos



Hoje, lá do hospital, onde está meu marido, escutei tocar o sino da igreja matriz. Um som que fez parte da minha infância , diariamente, e que há tanto tempo eu não ouvia.
Lembrei então que naqueles tempos, os sonhos que em mim palpitavam, nem de leve entreviam o que a realidade iria me apresentar. Ai que saudade dos meus sonhos!...
Na infância, nos habituamos aos contos de fadas, nos vemos como princesas. E princesas não sentem medo, não choram de saudade, não envelhecem, não têm rugas e quando encontram seus príncipes, são felizes para sempre.
Lá na minha infância, quando o sino tocava, eu não podia imaginar o quanto seriam curtos os meus "para sempre".  Se naquele tempo, eu soubesse, não teria sonhado com tão frágeis sapatinhos de cristal! Eles machucam meus pés e me fazem tropeçar pelo caminho!

Quantos caminhos a vida nos reserva...
caminhos de chorar,
saudade e dor ;
Caminhos de sorrir,
alegria e amor...

Quantos caminhos a vida nos reserva...
caminhos de angústia,
medo e solidão;
Caminhos de encontro,
fé e contemplação...

Caminhos que desembocam
em atalhos de ilusão,
estradas de sofrimento,
esquinas de sedução.

Caminhos que atravessam
pontes de pensamentos,
rios de risos, prantos,
mares de sentimentos.

Quantos caminhos a vida nos reserva...
de curvas de não e de sim,
desertos que atravessamos,
buscando miragens sem fim.

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